terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Olá sei que estou devendo uma postagem sobre a reunião de colegiado, mais senti necessidade de falar sobre um fato que despertou minha curiosidade, por eu estar passando por esse momento. Não ter filhos sempre foi uma opção que eu tinha escolhido e tomado como certo, mais é tão diferente de não se poder ter... É engraçado se pensar que um dia talvez eu fosse querer ter filhos, mas quando paro para pensar que não poderei ser mãe penso por quê? E não entendo mais fazer o que a única coisa que posso fazer é aceitar... Bom chega de lamentos e vamos, a pesquisa que fiz sobre o caso de útero infantil e miomas no útero...



Questões Iniciais, Respostas Fundamentais

11) Os tratamentos de infertilidade aumentam as chances de aborto ou malformação?R: Até hoje não há nenhum estudo científico que demonstre esta possibilidade. As taxas de malformação ou aborto são idênticas a gravidez natural.
12) Existe influência do estilo de vida na fertilidade?R: O estilo de vida influência em muitos problemas de saúde e a infertilidade não poderia fugir desta relação. Pessoas com maus hábitos, estresse exagerado, entre outros, tem maior dificuldade em engravidar. Isso não significa que elas não engravidarão e sim que poderão ter maior dificuldade. É muito difícil mudar um estilo de vida agitado, pois hoje em dia o cotidiano das pessoas impede um relaxamento total. Entretanto, deve-se procurar dentro do possível, melhorar, ajustando os hábitos mais convenientes para uma vida melhor.
13) Quais são as principais orientações para um estilo de vida saudável que melhore a fertilidade?R: Alguns itens devem ser avaliados como alimentação, hábitos, local de trabalho e estresse. Esses fatores não garantem a fertilidade, mas ajudam a melhorá-la.
14) Qual a diferença entre esterilidade e infertilidade?R: Até pouco tempo, no Brasil, fazia-se uma grande diferença entre esterilidade e infertilidade. Esterilidade era conceituada como o casal que não conseguia engravidar e infertilidade quando o casal conseguia engravidar mas não conseguia levar a gestação adiante, abortava. Hoje em dia, esse conceito vem se unificando para o termo infertilidade. O termo esterilidade dá a sensação de ser impossível ter filhos, o que contraria a evolução da ciência que cada vez mais consegue dar filhos a quem tem dificuldades. Essa ciência proporciona alternativas que vão desde um simples tratamento clínico, passando por fertilizações sofisticadas em laboratórios, "barriga de aluguel" (ou útero de substituição), doação de óvulos, banco de sêmen etc.
15) O que é útero infantil?R: É um termo antigo que significava que o útero era pequeno e incapaz de acomodar uma gestação. Com o advento do ultra-som esta termionologia deixou de ter sentido, pois as dimensões tiradas por este exame comprovam que esta afirmação não é correta.
16) O que é útero virado?R: A maioria das mulheres tem o útero posicionado em direção ao abdômen, porém algumas têm o contrário, posicionado para trás, em direção a coluna. Essa variação não tem qualquer relação com a fertilidade. Mulheres com útero retrovertido ou virado para trás têm a mesma chance de gravidez que mulheres com útero anteversofletido, ou seja, virado para frente.

http://www.ipgo.com.br/01c.html



http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032008000400008&lang=pt



Os Miomas do útero


Os miomas são formações nodulares que se desenvolvem na parede muscular do útero e comumente são chamados de tumores benignos. Mioma NÃO É CÂNCER e não é perigoso! Todavia, dependendo da sua localização, tamanho e quantidade podem ocasionar problemas, incluindo dor e sangramentos intensos. 
O tamanho dos miomas pode variar desde muito pequenos a grandes formações que simulam uma gravidez de 5 ou 6 meses. Dependendo da sua localização na parede do útero, os miomas agrupam-se em três tipos: 1- os "subserosos" localizam-se na porção mais externa do útero e geralmente crescem para fora. Este tipo de mioma geralmente não afeta o fluxo menstrual, porém, pode tornar-se desconfortável pelo seu tamanho e pressão sobre outros órgãos da pelve. 2- os "intramurais" crescem no interior da parede uterina e se expandem fazendo com que o útero aumente seu tamanho acima do normal. São os miomas mais comuns e geralmente provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso. 3- os "submucosos" localizam-se mais profundamente, bem por abaixo da capa que reveste a cavidade uterina. São os miomas menos comuns, mas provocam intensos e prolongados períodos menstruais.
Outros estudos que podem ser necessários na investigação do mioma.
O diagnóstico de mioma se confirma suficientemente com o exame físico ginecológico e os estudos de imagem. Todavia, em muitas mulheres cuja queixa ou sintoma principal é o sangramento menstrual intenso ou sangramentos atípicos, pode ser importante e adequado ampliar a pesquisa propedêutica. Deve-se compreender que, além dos miomas, o sangramento ginecológico pode ser provocado por diferentes causas, como problemas gestacionais, câncer ginecológico, outras lesões benignas diferentes do mioma, infecções, doenças sistêmicas, como os problemas da coagulação ou o hipotiroidismo, a utilização de DIU, de compostos hormonais ou tranqüilizantes ou até por problemas disfuncionais como os ciclos anovulatórios.
Tratamento cirúrgico
Do ponto de vista genérico, pode-se dizer que existem dois tipos de tratamento cirúrgico: o tratamento radical (histerectomia), que consiste na extirpação cirúrgica de todo o útero, e o tratamento conservador (miomectomia), que consiste na extirpação cirúrgica somente dos miomas.
Como mencionado anteriormente, a histerectomia é a cirurgia universalmente mais difundida e aplicada no ambiente ginecológico. Provoca alívio definitivo dos sintomas e é razoavelmente segura.

Talvez seja por este motivo que continua nos surpreendendo a liberalidade com que se indica uma histerectomia, algumas vezes em pacientes absolutamente assintomáticas ou com sintomas discretos. Com certa freqüência, mulheres que já completaram os seus desejos gestacionais e que realizam um exame ginecológico ou uma ultra-sonografia de rotina e descobrem que são portadoras de mioma são histerectomizadas sem necessidade. Que dizer daquelas que apresentam sintomas evidentes e requerem formalmente de tratamento!
Argumentos do tipo "para que deixar o útero que pode desenvolver um câncer" ou "melhor tirar agora antes que cresça e torne o tratamento mais difícil" ou "a histerectomia melhora a satisfação sexual" têm fundamentado a indicação desta cirurgia mutiladora.
Desconsideram-se assim os aspectos desconfortáveis relacionados a uma cirurgia formal, como a prolongação da estadia hospitalar e da retomada das atividades normais. Além disto, não se enfoca com seriedade a existência de numerosos problemas emocionais relacionados com a perda do útero, pela sua identidade de gênero, como preconizam os defensores dos direitos reprodutivos e da sexualidade, e que merecem toda a nossa atenção.
Ao longo dos últimos dois anos, temos recebido no consultório dezenas de mulheres que vieram procurar informações sobre o tratamento de mioma pela técnica de embolização e que invariavelmente tinham consultado previamente um ou vários ginecologistas havendo sido indicada a histerectomia como forma de tratamento.

http://www.webmioma.com.br/pg/miomas.html



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