quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Solidão




Hoje o dia amanheceu azul. O céu limpo reluzia tudo e todos ao meu redor. Meu espírito acordara leve, porém ainda com parte da euforia do dia anterior. Tudo parecia diferente, mais bonito, mais alegre e eu estava igualmente mais bela… Aos poucos, esses sentimentos foram dando lugar a uma tristeza, melancolia e até certa culpa. Culpa por não ser tão forte, culpa por ainda acreditar, culpa por querer sonhar e sorrir quando eu deveria chorar.

Por que eu insisto em acreditar e confiar em quem não merece tamanha dedicação? Por que eu insisto em entregar meu coração a quem sempre irá me ferir? Por que eu insisto em deixar meus sonhos nas mãos de quem teve e ainda tem o prazer, mesmo que inconsciente, de destruí-los? Ainda não aprendi que ninguém além de mim deve ser responsável pela minha felicidade? Porque ainda não aprendi a sonhar?

Eu engano, a mim acima de tudo, quando digo e penso que nada me toca. Que sou insensível aos julgamentos, às ações e principalmente à indiferença. Engano-me quando finjo ser igualmente indiferente a você.

O que eu esperava? Cartas de amor? Confidências de sonhos e desejos? Sinceramente não sei… Talvez tudo, talvez nada. Talvez o que é feito seja exatamente o que deveria ser… Talvez eu precise desse vazio e seja isso que alimente e sustente o meu amor.

A verdade é que no dia em que acordei feliz, dormi na solidão novamente!!!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Palavras ao Vento...

Quando eu não estiver mais aqui, as flores crescerão normalmente, os pássaros voarão e as pessoas nem notarão a minha ausência. Seguirão os seus caminhos felizes e eu terei somente uma certeza de que estive aqui lado a lado contigo e fui feliz...

Já não me preocupo se eu não sei por que.

Às vezes, o que eu vejo quase ninguém vê e eu sei que você sabe, quase sem quere. Que eu vejo o mesmo que você. Não sei se entendo a minha única opção é aceitar o que me foi imposto, não sei até quando irei te amar, mais com toda certeza digo, não há caminhos que não voltem a se cruzar.

Te amo...

sábado, 1 de outubro de 2011

Noite chuvosa...folhas ao chão...



A lembrança de algum passado, de um futuro quase milagroso. O esvaziamento, o vazio predominante, o medo. A corrente que leva para bem longe, como trás de volta, tudo o que é indesejável. O cair de cada voz, de cada momento, de cada acontecimento, de cada simples pensamento.
O sopro de um novo rumo que espera agora ser alcançado, ou o inseguro sopro de um sonho que se torna insuportável, por não ser concretizar ou por meramente não ser esquecido. O turbilhão de emoções permanentes que caem precipitadas e descontroladas no chão como folhas caindo com o pesar da chuva na escuridão da noite. O trovejar de dores esmagadoras de alma.
 A excentricidade de uma vida quase adulta. O frio; o coração gélido, por não receber respostas, por apenas ter visões da realidade que parece absurda. Um misto de confusão incolor. A fome de alguns anos tornados em desespero e a incapacidade de pronunciar a palavra esperança. O barulho ensurdecedor mas relaxante, de uma musica compassada, que quase parece incerta quando estranhamente se encontra a mente desorientada. A natureza do acontecimento que oferece o livre-arbítrio.
A avareza, a prudência, a vaidade, a vivacidade, a esperança, a capacidade, a dedicação, a excitação, são ignoradas, são apresentadas como desaparecidas e quase inexistentes quando tudo acaba.
Falta o equilíbrio de uma balança real. Um novo começar, um futuro desejável sem a construção sentimental da chuva, talvez já com o passado fracasso de sonho concretizado. “A esperança é a ultima a morrer”.

O belo está em seus olhos, assim como o horror de uma vida regada a sonhos que não se realizaram...